Um blog in natura

Amigo Leitor, este blog é escrito ipse litere sem revisão gramatical e de sintaxe. O objetivo de meu blog é escrever in natura, na medida na qual desenvolvo o pensamento, o meu insight primeiro. Após escrever realizo a postagem imediata e não releio mais o artigo e só acesso o blog para a próxima postagem. O Blog é um "diário" e não seria esta a filosofia de um diário? Por este motivo há diferenças, acentuadas, nas versões do artigos aqui postados e os mesmos na Mídia. Aqui não há revisão seja gramatical ou ideológica. Sugiro desta maneira que se detenha no desenvolvimento da linha do pensamento exposto. Comente, debata e opine! Idéias se combatem com Idéias melhores......

sexta-feira, 13 de março de 2009

Brasil: Objetivos sem Governo ou um Governo sem Objetivos?

Diversos intelectuais da esquerda brasileira falam com ufania da “resistência” do Governo Lula frente à crise mundial e da figura personalística do Senhor Presidente nesta empreitada. Uma analise não muito  detalhada das entrelinhas permite verificar, sem herculo esforço que há uma incoerência – abismal – entre o discurso oficial dos palanques do PAC e a realidade factual do quotidiano da vida econômica do brasileiro em todos os setores. É visível o aumento do custo de vida e a desvalorização da moeda nacional.

A saúde financeira de uma nação, em qualquer republiqueta de bananas, leva em consideração o índice de desenvolvimento socioeconômico da sociedade civil orgânica, que é a responsável direta pela geração de recursos, renda e pela manutenção – ou não – da mão de obra baseado-se no crescimento, na estagnação ou  na perda do poder de compra do consumidor.

O BRASIL É O ÚNICO PAIS de todo o Universo onde a compra à prazo é utilizada como meio de verificação de poder econômico. O poder de compra, à vista, há tempos deixou de ser um índex. O cartão de credito passou a ser moeda corrente e o cheque especial há tempos é um “beneficio” incorporado ao salário do trabalhador. Já o carnê, bem, esse nada mais é do que o laço da forca que o assalariado brasileiro, mais cedo ou mais tarde será obrigado a apertar sobre o seu credito nominal, que passa a ter data e hora marcada para compor as longas listas dos sistemas de proteção ao crédito.

A adoção de uma governabilidade populista já se demonstrou decrépita em âmbito estadual e municipal. O Brasil de Lula é a ante sala do Brasil de Garotinho. É Fato!

O povo brasileiro vive sob o engodo de que a prosperidade é conseqüência de uma política de investimentos públicos em ações demagógicas e não produtivas. Todas as iniciativas do Governo de geração de renda ou de produção econômica foram frustradas, vide o Pré-SAL, assunto proibidíssimo nos salões do Planalto.

É inquestionável que somente Parlamentares, Juízes, Promotores, Traficantes e Ex Guerrilheiros Anistiados são beneficiados pela vitalidade econômica do Brasil. O trabalhador continua assalariado, com a cesta básica “comendo” 60% de seu salário e sendo tributado com água, luz e transporte.

Nós brasileiros, viramos piada de salão. Recentes escutas telefônicas demonstram isso no dialogo, informal, de criminosos estrangeiros reclamando dos criminosos brasileiros, que seguindo o exemplo do funcionalismo público não trabalha as sextas, sábados e domingos. A cena causou indignação em muitos, mas não seria a realidade em nosso País? O Problema do corno não é a traição e sim o riso do vizinho.

É claro que Collor, Sarney, Renan e Zeca Diabo iam formar o fantástico quarteto do PAC. O que esperar de um País onde a justiça trabalha seis horas por dia, os Parlamentares três dias por semana e o presidente todo dia cai na manguaça...

O momento nacional é assombroso! O Brasil, os brasileiros, vive uma crise assintomaticamente existencial e letárgica frente à onda de imoralidade ética que se fez rotineiramente banal em nossos dias. Um Senador faz graves denúncias sobre o seu partido, seus membros e sobre suas formas de peculato. Um ex-presidente, talvez ex-corrupto, assume a responsabilidade de zelar pela integridade moral da galinha do PAC de ouro. E um ex-deputado federal, com remorsos, devolve um mensalão de quatro milhões de reais e nem sequer menciona no colo de quem foi parar a tal mala devolvida. E os delegados federais que violam sigilo bancário de caseiros, grampeiam Ministros, Juízes, Prostitutas e até os amantes da Ministra chefe da Casa Civil não foram poupados do Denuncismo jamais visto nem em tempos de ditadura militar. Todos personagens reais, num mundo de faz de conta, cujos script´s semanalmente sai nas páginas de uma revista. Quem quiser acompanhar que veja, na VEJA.

Mas no cerne de toda essa confusão política do Governo federal está algo de mais complexo: a falta de objetivos. Mas, este fenômeno é mundial. A política revolucionaria do socialismo e de suas vertentes ideológica, quando retirada do modus teórico e inseridas no operanti é responsável pela necessidade da utilização da já conhecida política do Pão e Circo, numa versão upgrade moderna, onde mudando-se o cenário, mantém os atores.

A realidade é a mesma e a aplicabilidade é semelhante aos tempos do Coliseu. Criticar o circo e ameaçar suspender o Pão é certeza de insatisfação da massa. A massa é amorfa por natureza e depende do fator externo, do fermento, para crescer. O fermento, os fatores externos, conduz ao azedume da totalidade de qualquer massa após breve período de tempo.

É essa falta de objetividade no sistema econômico que trata dois importantes livros da russo-americana Ayn Rand; “Atlas Shruggeed” e “A nascente” ambos disponíveis em português. É possível observar nestas obras literárias que o erro básico em muitas economias se encontra nos remédios adotados para sanar problemas de ordem socioeconômica.

A demonstração da tese de Ayan Rand é simples e livre do economês típico e tendem formar em lideres políticos, empresarias e em gestores de uma forma geral que todas as decisões devem ser tomadas desprovidas de sentimentalismo populistas e focados em objetivos claros e poucos complexos, embasados em ações e intervenções radicalmente técnicas.

 A todos que lerem e realizarem a devida analise de nossa realidade não será difícil observar e concluir que em nossa Administração não há um plano de gestão. E que o que há é um plano de marketing pessoal desenvolvido por um publicitário viciado em rinha de galo. Cujo esforço, único, é manter a imagem do cliente separada de todo o fruto da ingerência administrativa proveniente de uma ausência de Gestão Pública. Ou seja, que o problema no Brasil é a ausência de uma Gestão Administrativa Pública.

 


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