Um blog in natura

Amigo Leitor, este blog é escrito ipse litere sem revisão gramatical e de sintaxe. O objetivo de meu blog é escrever in natura, na medida na qual desenvolvo o pensamento, o meu insight primeiro. Após escrever realizo a postagem imediata e não releio mais o artigo e só acesso o blog para a próxima postagem. O Blog é um "diário" e não seria esta a filosofia de um diário? Por este motivo há diferenças, acentuadas, nas versões do artigos aqui postados e os mesmos na Mídia. Aqui não há revisão seja gramatical ou ideológica. Sugiro desta maneira que se detenha no desenvolvimento da linha do pensamento exposto. Comente, debata e opine! Idéias se combatem com Idéias melhores......

terça-feira, 24 de março de 2009

A questão da escolha pessoal...

Uma imagem que me lembro, vinda de publicações antigas resume a dignidade e os perigos de ser humano: um anjo cochicha numa orelha do menino, e um demônio na outra. Este último intima o menino a roubar uma maçã, e o primeiro a não fazê-lo. Mas a imagem não é sobre maçãs. Ela é sobre valor e dignidade: o Céu e o Inferno competem por minha alma e a decisão é minha.

Logo as tentações envolvem mais do que maçãs, e logo a pessoa começa a pensar se não deveria relegar o anjo e o diabo ao reino dos ultrapassados brinquedos infantis e Papai Noel. Mas, se a pessoa quer permanecer católica, não pode simplesmente descartar toda a crença no Inimigo do homem que tormentou Jó, ou nos demônios que Cristo expeliu, e nas expulsões para as quais a Igreja ainda treina exorcistas. Entretanto, poucos querem admitir que eles acreditam que meninas possuídas sejam mais que uma invenção de Hollywood. Especialmente na faculdade, onde até a crença em Deus é admitida cautelosamente, a pessoa fica tentada (pelo próprio “tinhoso”?) a tratar o demo como uma “ficção real” no sentido de uma “projeção” – real da mesma forma que as ilusões são reais – e transformar Cristo em um poeta.

Mas fazer tal coisa representa não só virar as costas aos ensinamentos da Igreja, mas também arriscar o valor e a dignidade humana. Ao invés da alma eterna pela qual os Poderes competem, a pessoa se transforma em um organismo assaltado por tiques neurológicos tão sem sentido como os germes. Naturalmente o desejo por valor e dignidade pode por outro lado se transformar em um motivo para a projeção de demônios. Mas então, Satã ficaria feliz se nós assim o considerássemos. Ou pelo menos eu acho que este é o caso. Mas a criança que eu fui achava que tudo era bem real, e nada no mundo empírico e poético me convence que eu estava errado. De fato, a gente lê sobre assassinatos sadísticos que, como o Holocausto, nos fazem pensar em como uma pessoa poderia imaginar tal maldade sem ajuda. De qualquer maneira, até que eu seja compelido a mudar de idéia, eu continuarei a achar que aquela criança que fui estava certa. Apesar de toda sua inocência, ele sabia das coisas realmente grandes.

O mundo da criança é profundamente pessoal e proposital. Egocêntricas, as crianças bem jovens podem reconhecer somente uma personalidade no mundo, e imaginam que seus pais existem somente para satisfazer as suas necessidades. Mas elas superam esta fase a uma certa altura, em parte porque elas querem atribuir tudo o que acontece com eles a um propósito: por que eu tenho que ir a escola? E pensar num propósito agindo através de você é reconhecer um ser com propósito, uma personalidade. Aquelas personalidades podem até ser convenientes: eu não quebrei o vaso, o Tommy foi quem quebrou. Mesmo que a gente aprenda cedo que pegar varicela, digamos, não pode ser atribuído à vontade de alguém, a procura de propósito continua sendo a posição que tomamos quando uma situação nova nos confronta. As crianças não se surpreendem ao saber que Deus criou o mundo. Alguém tinha que fazê-lo.

Então, quem me fez roubar a maçã? Se o Tommy não é um candidato convincente, então o Demônio é, assim que aprendemos qual é o negócio dele. Mas, “o Diabo me fez fazer isto” não é uma desculpa que livra os Católicos da responsabilidade porque o roubo da maçã foi uma escolha, e ninguém pode fazer você escolher. O Diabo talvez ainda tenha uma parte, oferecendo racionalizações para aquilo que nossos apetites recomendam. Assim como a boa freira nos avisou, Satã sabe as nossas fraquezas melhor do que nós mesmos, e joga com elas. Por isto é que nós rezamos, depois de cada missa, que São Miguel o arcanjo “atire no inferno Satã e todos os espíritos maus que vagam pelo mundo procurando fazer a perdição das almas.” Mas você continua responsável pela própria ruína mesmo em circunstâncias feitas mais difíceis pelos tentadores infernais. Se esta é uma carga adicional, ela também é uma forma de honra.

Não importa se a sua família é pobre, se você é burro em matemática, se você não é popular com as pessoas, você tem um valor eterno pelo qual as forças da luz e das trevas competem. Não importa se você é rico, inteligente, ou popular, você terá que responder pelas escolhas que fizer. A imagem de um anjo e de um demônio cochichando no seu ouvido reforça a mensagem central do Cristianismo que Deus valoriza você acima de qualquer coisa, e que redimiu você através da paixão de seu Filho, oferecendo mas não impondo a vida eterna.

Qualquer estudante em uma escola católica que tenha permanecido acordado já tinha absorvido tudo isto lá pela segunda ou terceira série – a chamada “idade da razão.” Mas entender os efeitos do que isto significa não é fácil.

Em algumas maneiras, tudo isto não fazia a mínima diferença. Os meninos católicos pareciam tão cruéis ou decentes uns com os outros, honestos ou não na sua tarefa de casa, de dedos leves ou não no balcão de doces, como nossos vizinhos protestantes ou judeus. Mas nós vivíamos nossos pecados e virtudes em um mundo cheio de significados, um em que o pecado e a virtude, demônios e anjos, eram tão reais como o Chevrolet da família. E depois? Este treinamento na infância fez alguma diferença na nossa vida adulta? Eu acho que sim, fez uma diferença. Os psicólogos logicamente vêem a raiz de todos os tipos de coisas na infância, seguindo nesta maneira Platão e os jesuítas e todos que algum dia lidaram com a educação. Para alguns o efeito de uma educação católica foi uma forte rejeição da Igreja Católica, mas mesmo assim muitos deles não conseguiram se livrar completamente do catolicismo. Por isto [James] Joyce, quando lhe perguntaram se ele tinha se tornado um protestante, ele respondeu, “Eu perdi a minha fé, não a minha cabeça!” Ele simplesmente não podia imaginar a religião em nenhuma outra forma.

Peter Occhiogrosso, na “Introit” (!) de seu livro Uma vez um católico, menciona que Gary Wills disse que “ele podia dizer que o Senador Eugene McCarthy era católico só em conversar com ele uns poucos minutos, mesmo sem discutir teologia.” Occhiogrosso diz mais, que, “uma marca indelével parece ter sido impressa na maioria dos católicos – não importando se eles continuam ou não a ser praticantes.” Eu acho que uma grande parte daquilo que continua impresso nos católicos é a memória do valor eterno que todos devemos ter, e da maldade proposital que o destrói. Se o arcanjo não pôde manter Satã no inferno, talvez ele tenha triunfado de todas maneiras ao alistar o Demônio como catequista.

No Rio o problema é de Gestão!



SECRETÁRIO DA PREFEITURA-RIO SOLTA O VERBO CONTRA O GOVERNO DO ESTADO-RJ E CONTRA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO-RIO!
                                             

Entrevista do secretário à associação dos funcionários da secretaria de assistência social.
                   

1. "O Estado tem uma estrutura bem diferente do município. Na secretaria de Assistência Social do Estado, todos os cargos são comissionados ou contratados. No Município, a grande maioria é de concursados, efetivos, portanto, pessoas que estão buscando uma carreira. Com isso, a qualidade da atividade técnica é muito mais profissional do que no Estado. Por serem cargos comissionados, o entra e sai no estado é muito grande e a memória acaba se perdendo".
         

2. "Aqui (no Município), isso não ocorre, porque tem profissionais muito qualificados. Você vai aos abrigos, por exemplo, e fica muito impressionado, não apenas com a qualidade dos serviços, mas com a dedicação das pessoas ao trabalho que realiza. Isso é um fator extremamente positivo na prefeitura. O grande diferencial que a gente tem nos abrigos é a qualidade dos servidores".
         

3. "O fato de (educação da prefeitura) ter voltado à política de avaliação anual (seriado nas escolas), certamente deverá pressionar a aumentar o índice de evasão. Então, a nossa rede de atendimento assistencial, que é constituída hoje de 42 centros de referência de assistência, vai ter de trabalhar com um olhar redobrado para essa questão da evasão escolar. Hoje há um assistente social para quatro escolas. É a maior rede do Brasil. Mesmo assim, vão precisar ter um cuidado mais atento."


*Fonte Blog do Ex Cesar Maia, ops do Ex Prefeito

sexta-feira, 13 de março de 2009

Brasil: Objetivos sem Governo ou um Governo sem Objetivos?

Diversos intelectuais da esquerda brasileira falam com ufania da “resistência” do Governo Lula frente à crise mundial e da figura personalística do Senhor Presidente nesta empreitada. Uma analise não muito  detalhada das entrelinhas permite verificar, sem herculo esforço que há uma incoerência – abismal – entre o discurso oficial dos palanques do PAC e a realidade factual do quotidiano da vida econômica do brasileiro em todos os setores. É visível o aumento do custo de vida e a desvalorização da moeda nacional.

A saúde financeira de uma nação, em qualquer republiqueta de bananas, leva em consideração o índice de desenvolvimento socioeconômico da sociedade civil orgânica, que é a responsável direta pela geração de recursos, renda e pela manutenção – ou não – da mão de obra baseado-se no crescimento, na estagnação ou  na perda do poder de compra do consumidor.

O BRASIL É O ÚNICO PAIS de todo o Universo onde a compra à prazo é utilizada como meio de verificação de poder econômico. O poder de compra, à vista, há tempos deixou de ser um índex. O cartão de credito passou a ser moeda corrente e o cheque especial há tempos é um “beneficio” incorporado ao salário do trabalhador. Já o carnê, bem, esse nada mais é do que o laço da forca que o assalariado brasileiro, mais cedo ou mais tarde será obrigado a apertar sobre o seu credito nominal, que passa a ter data e hora marcada para compor as longas listas dos sistemas de proteção ao crédito.

A adoção de uma governabilidade populista já se demonstrou decrépita em âmbito estadual e municipal. O Brasil de Lula é a ante sala do Brasil de Garotinho. É Fato!

O povo brasileiro vive sob o engodo de que a prosperidade é conseqüência de uma política de investimentos públicos em ações demagógicas e não produtivas. Todas as iniciativas do Governo de geração de renda ou de produção econômica foram frustradas, vide o Pré-SAL, assunto proibidíssimo nos salões do Planalto.

É inquestionável que somente Parlamentares, Juízes, Promotores, Traficantes e Ex Guerrilheiros Anistiados são beneficiados pela vitalidade econômica do Brasil. O trabalhador continua assalariado, com a cesta básica “comendo” 60% de seu salário e sendo tributado com água, luz e transporte.

Nós brasileiros, viramos piada de salão. Recentes escutas telefônicas demonstram isso no dialogo, informal, de criminosos estrangeiros reclamando dos criminosos brasileiros, que seguindo o exemplo do funcionalismo público não trabalha as sextas, sábados e domingos. A cena causou indignação em muitos, mas não seria a realidade em nosso País? O Problema do corno não é a traição e sim o riso do vizinho.

É claro que Collor, Sarney, Renan e Zeca Diabo iam formar o fantástico quarteto do PAC. O que esperar de um País onde a justiça trabalha seis horas por dia, os Parlamentares três dias por semana e o presidente todo dia cai na manguaça...

O momento nacional é assombroso! O Brasil, os brasileiros, vive uma crise assintomaticamente existencial e letárgica frente à onda de imoralidade ética que se fez rotineiramente banal em nossos dias. Um Senador faz graves denúncias sobre o seu partido, seus membros e sobre suas formas de peculato. Um ex-presidente, talvez ex-corrupto, assume a responsabilidade de zelar pela integridade moral da galinha do PAC de ouro. E um ex-deputado federal, com remorsos, devolve um mensalão de quatro milhões de reais e nem sequer menciona no colo de quem foi parar a tal mala devolvida. E os delegados federais que violam sigilo bancário de caseiros, grampeiam Ministros, Juízes, Prostitutas e até os amantes da Ministra chefe da Casa Civil não foram poupados do Denuncismo jamais visto nem em tempos de ditadura militar. Todos personagens reais, num mundo de faz de conta, cujos script´s semanalmente sai nas páginas de uma revista. Quem quiser acompanhar que veja, na VEJA.

Mas no cerne de toda essa confusão política do Governo federal está algo de mais complexo: a falta de objetivos. Mas, este fenômeno é mundial. A política revolucionaria do socialismo e de suas vertentes ideológica, quando retirada do modus teórico e inseridas no operanti é responsável pela necessidade da utilização da já conhecida política do Pão e Circo, numa versão upgrade moderna, onde mudando-se o cenário, mantém os atores.

A realidade é a mesma e a aplicabilidade é semelhante aos tempos do Coliseu. Criticar o circo e ameaçar suspender o Pão é certeza de insatisfação da massa. A massa é amorfa por natureza e depende do fator externo, do fermento, para crescer. O fermento, os fatores externos, conduz ao azedume da totalidade de qualquer massa após breve período de tempo.

É essa falta de objetividade no sistema econômico que trata dois importantes livros da russo-americana Ayn Rand; “Atlas Shruggeed” e “A nascente” ambos disponíveis em português. É possível observar nestas obras literárias que o erro básico em muitas economias se encontra nos remédios adotados para sanar problemas de ordem socioeconômica.

A demonstração da tese de Ayan Rand é simples e livre do economês típico e tendem formar em lideres políticos, empresarias e em gestores de uma forma geral que todas as decisões devem ser tomadas desprovidas de sentimentalismo populistas e focados em objetivos claros e poucos complexos, embasados em ações e intervenções radicalmente técnicas.

 A todos que lerem e realizarem a devida analise de nossa realidade não será difícil observar e concluir que em nossa Administração não há um plano de gestão. E que o que há é um plano de marketing pessoal desenvolvido por um publicitário viciado em rinha de galo. Cujo esforço, único, é manter a imagem do cliente separada de todo o fruto da ingerência administrativa proveniente de uma ausência de Gestão Pública. Ou seja, que o problema no Brasil é a ausência de uma Gestão Administrativa Pública.